O Curso de Formação teve como objetivos proporcionar aos participantes
um momento de reflexão/ação acerca da desertificação no Semiárido brasileiro.
Multiplicar o conhecimento
científico sobre desertificação para mitigar e combater os seus efeitos no
Semiárido brasileiro é um das metas do Instituto Nacional do Semiárido (Insa),
Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Nesse intuito, a equipe do
Projeto Sistema de Monitoramento do Semiárido Brasileiro (Simsab) realizou, no
período de 17 a 19 de fevereiro, o 1º Curso de Formação em Metodologia de
Avaliação da Desertificação. O encontro reuniu vinte participantes de diversas
instituições de pesquisa, ensino e extensão, dentre elas: o Instituto Federal
da Paraíba (IFPB), campus São Gonçalo, o Núcleo de Estudos em Agricultura
Ecológica do Sertão Paraibano (Naesp), e o Instituto Frei Beda de Desenvolvimento
Social (IFBDS) e a Central de Assentamentos do Alto Sertão Paraibano (Caasp).
O Curso de Formação teve como
objetivos proporcionar aos participantes um momento de reflexão/ação acerca da
desertificação no Semiárido brasileiro. O primeiro período facilitado pelo
correspondente científico do Brasil junto à Convenção das Nações Unidas para o
Combate à Desertificação (UNCCD) e pesquisador do Insa, Aldrin Perez, trouxe
para os participantes dados relativos ao processo de desertificação enquanto uma
problemática globalizada. Em seguida, foi apresentada aos participantes a
proposta de metodologia em avaliação da desertificação, baseada no levantamento
de indicadores químicos, físicos e biológicos.
A metodologia construída pelo
Insa e em fase de experimentação visa permitir o monitoramento das mudanças no
ambiente e sistematizar os dados de solo e vegetação, a fim de quantificar e
qualificar o avanço do processo de desertificação na região. O segundo momento,
consistiu na aplicação da metodologia em campo, onde os participantes puderam
aplicar o conhecimento e coletar indicadores para a avaliação de duas áreas no
munícipio de Sousa (PB).
De acordo com Aldrin Perez, os
cursos visam à integração da comunidade científica (pesquisadores, discentes,
docentes e organizações de extensão) a fim de estabelecer células de pesquisa
como espaços de fortalecimento da abordagem científica a partir dos saberes
locais. “As células consistem no estabelecimento de pequenas unidades
funcionais que vão aprofundar o tema da desertificação e proporcionar o debate,
a coleta e a sintetização de dados e resultados em áreas de monitoramento,
conservadas e desertificadas, estabelecidas no Semiárido. Deste modo,
contribuir para aprimorar a metodologia de avaliação e integrar novos olhares
sobre a temática da desertificação”, completa Perez.
A proposta é realizar até o
final do primeiro semestre deste ano dois cursos e o estabelecimento de células
de pesquisa científica em parceria com instituições de pesquisa, ensino e
extensão da Paraíba. O próximo curso será realizado em Picuí (PB), no período
de 13 a 15 de abril, como uma realização do Insa, em parceria com o Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus Picuí.
Texto: Allana Coutinho (INSA/Projeto Simsab)