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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Assentadas do P.A. Paissandu participaram da Oficina de Gestão




No ultimo dia 30 a equipe Técnica, composta pela Engenheira Florestal, Perla Alves e o Téc. Agrícola Romério Cartaxo visitaram a Unidade Demosntrativa de Artesanato do Assentamento Paissandu para iniciar a Oficina de Gestão que pretende reanimar as mulheres no sentido de se unirem em busca de maior produção, atentando ao talento que cada uma possui e com a troca de experiências.

A Oficina objetiva salientar as mulheres do assentamento a importância da valorização do trabalho organizado e planejado coletivamente.  O curso será composto por três módulos elaborados com foco no eixo produtivo e visando a reorganização das mulheres e o desenvolvimento da Unidade do PA Paissandu. 

Segundo a Engenheira Florestal, Perla Alves a visão do trabalho na maioria das vezes é colocada de forma negativa, onde o local de trabalho é visto como um ambiente desconfortável e de difícil convivência entre as pessoas pelas restrições impostas pelos participantes ou pela especificidade do trabalho coletivo, devido à rotina estabelecida ou pelo esforço físico ou mental exigido. “Considerando que as assentadas necessitam permanecer grande parte do tempo na Unidade, é necessário tornar o ambiente de trabalho favorável ao desenvolvimento de relações sociais harmoniosas e que contribuam para a satisfação pessoal” completa Perla.

O Técnico Romério Cartaxo, afirma que a intenção é apresentar uma nova visão do trabalho coletivo, considerando que muitas vezes as ideias preconcebidas sobre o trabalho coletivo como algo negativo realmente prejudicam as relações sociais e o próprio ambiente de trabalho. “Nesse espaço foi discutido todas as limitações que levaram a organização das mulheres perder a harmonia e como consequência disso o afastamento de algumas artesãs” finaliza Romério.  

Perla relata que os trabalhos foram conduzidos de forma que favorecesse as participantes expressarem seus sentimentos em relação a tudo que estava envolvido com a Unidade Demostrativa, pois só identificando os problemas e limitações é possível encontrar soluções.    

Os próximos módulos serão realizados aos sábados para que se possa atingir o máximo de participação feminina e será discutido o ‘Planejamento das Atividades’. “Esse espaço será importante para que haja a divisão de tarefas e cada uma possa contribuir de forma igualitária com as atividades propostas dentro da Unidade Produtiva” Finalizou Perla Alves.

Como fruto desse planejamento, ficou encaminhado que ao final desse curso haverá uma oficina de corte e costura para capacitar algumas mulheres que expressaram o interesse de aprender a atividade de costurar.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

CAAASP realiza I Fórum das Mulheres Assentadas do Alto Sertão com o tema “Somos Todas Margaridas”



A Central das Associações dos Assentamentos do Alto Sertão Paraibano realizou nos dias 28 e 29 de outubro, na Casa de Campo  Sítio Caeiras, em Cajazeiras, o I Fórum de Mulheres Assentadas do Alto Sertão. 

Com o tema “Somos Todas Margaridas”, em referência a Margarida Maria Alves, uma das mulheres pioneiras das lutas pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais no Brasil, que após a sua morte tornou-se um símbolo político representativo das mulheres trabalhadoras rurais, o evento buscou elevar a autoestima das mulheres assentadas e enfocar a importância do trabalho feminino na renda familiar e no mercado de trabalho.

O Fórum contou com a participação das caravanas dos assentamentos: Acauã, Angélica II, Bom Jesus, Cantinho, Cruzeiro, Curralinho, Edvaldo Sebastião, Floresta, Frei Damião, Frei Dimas, Jacu, Jerimum, Juazeiro, Mãe Rainha, Morada Nova, Padre Cleides, Paxicu, Santa Cecília, Santa Mônica de Pombal, Santo Antonio, São Francisco, Sarapó, Veneza I e Zequinha, totalizando 56 mulheres assentadas que foram acolhidas pela equipe da CAAASP e encaminhadas para a inscrição. 

Após o café da manhã, todas as participantes se dirigiram para uma sombra de árvore para a  Mística de Abertura que fez referência à experiência das mulheres através do acender das velas, simbolicamente representando a troca de saberes. No momento, foi escolhida a mulher de maior idade e a mais nova entre as participantes, em que as velas foram acesas através destas duas mulheres e logo após uma vasilha com água, folhas, flores e perfumes passou por todas as mãos, em círculo, recebendo a energia e bênção partilhada. Posteriormente, foi dado o banho de cheiro nas participantes simbolizando vibrações novas, positividade, cheiros e essências da vida. Finalizando o momento, as mulheres entraram na roda para se apresentar, seguindo a lógica dos municípios, assim também o fez as pessoas convidadas.


A solenidade de abertura foi iniciada pela coordenadora da CAAASP, Josefa Vieira, que desejou boas vindas a todos os presentes na ocasião, fazendo uma reflexão da importância do evento e da importância da mulher frente aos movimentos sociais. O superintendente do INCRA- PB, Cleofas Ferreira Caju, também desejou boas vindas a todos os presentes e fez uma reflexão da importância do evento e da importância da mulher. Também esteve no evento a equipe de desenvolvimento do INCRA, Jorge Luiz, Hadasso Lima e Tomé. 
 
As coordenadoras do Fórum Perla de Sousa e Maria Elza deram inicio as atividades fazendo uma explanação sobre a programação sugerida e funcionamento do espaço. 

No primeiro dia tivemos a Assistente Social Kaliandra Kali que fez uma abordagem sobre as formas de violência contra a mulher e a lei Maria da Penha, denominação popular da Lei número 11.340, um dispositivo legal brasileiro que visa aumentar o rigor das punições aos homens que agridem física ou psicologicamente a uma mulher e/ou à esposa.


Também houve exibição do vídeo “A vida de Margarida”, que retrata um dia comum na rotina de uma família agricultora. Do amanhecer ao anoitecer, as personagens mostram como os papéis, hoje desempenhados por homens e mulheres, foram socialmente construídos, gerando desigualdades e injustiças. A história é encenada pelo Grupo de Teatro Amador do Polo da Borborema, formado por agricultores, agricultoras, lideranças e técnicos do Polo da Borborema e da AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia. 

Na tarde do primeiro dia houve a atração teatral com a atriz Maria Betânia, que apresentou a peça teatral (monólogo) “Gorete”. A personagem abordou o tema violência da mulher com o enfoque na violência psicológica. Gorete, uma mulher batalhadora e sonhadora, passou a ser desprezada e humilhada pelo seu companheiro após descobrir que estava com câncer de mama, a retirada da mama, a queda dos cabelos piorou ainda mais a situação. As humilhações foram tão agressivas que Gorete tornou-se depressiva, perdeu a razão e a vontade de viver, ficando muito fragilizada.  Seus amigos  diante de tal situação aconselharam a Gorete procurar ajuda psicológica. Ela assim fez, recuperou sua auto estima e tornou-se uma mulher feliz e livre.

Ainda nesta tarde aconteceu a mesa redonda, com os temas: Divisão Sexual do Trabalho, uma abordagem sobre o histórico da divisão sexual do trabalho, apresentado pela jornalista e professora Mariana Moreira.  A palestrante elucidou que a base da divisão social do trabalho é o resultado da definição das ocupações sociais estabelecidas para o homem e para a mulher na sociedade. Na organização da família e nas posições entre os sexos ao longo da história, podemos observar as condições sociais do trabalho, as relações de poder, as transformações econômicas e políticas, ao mesmo tempo compreender as razões da separação entre trabalhos de homens e de mulheres.

Mais uma vez a atriz Maria Betânia apresentou um monólogo, “Margarida” – representando a mulher do lar que direcionava seu tempo aos serviços domésticos, casada com um homem muito agressivo que a violentava fisicamente com frequência e às vezes sexualmente. Certo dia, Margarida sofreu tanta violência física e sexual que resolve em meio ao sofrimento denunciar seu companheiro na delegacia da mulher e buscou ajuda no Centro de referencia a mulher, na tentativa de uma recuperação psicológica.

Para encerrar as atividades do dia, a médica de Saúde da Família em Cajazeiras, Andreia Campigotto, trabalhou o tema Saúde da Mulher, fazendo uma explanação sobre doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e a importância dos exames preventivos, como o auto exame da mama.

À noite, aconteceu o lançamento do livro “Outro Sertão”, de Mariana Moreira Neto e a Mostra Fotográfica “Somos Todas Margaridas”, de Wendell Oliveira. Em seguida, teve apresentação teatral com o Grupo Luna de Cajazeiras, com a peça “A Feia de Caruaru”, finalizando a noite cultural com Romanilly Furtado (Voz E Violão).

O segundo dia iniciou com a formação dos grupos no intuito de interagir as mulheres dos assentamentos presente no evento. Foram formados três grupos que debateram os temas apresentados nas mesas redondas: Divisão sexual do trabalho, violência contra a mulher e saúde da mulher. 

Ainda no segundo dia pela manhã aconteceu a Palestra “Organização Produtiva e Ecosol” e à tarde a avaliação do evento com os encaminhamentos.
O fórum tem a finalidade de incentivar a mulher a deixar de ser coadjuvante  e ter um papel mais ativo nas comunidades rurais em que vivem, sendo protagonistas de sua história. Para isso foram discutidos assuntos do universo feminino como Saúde Da Mulher, Violência Doméstica, Machismo E Empreendedorismo.

 

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Em plena estiagem Assentamento Veneza produz feijão

 
Seu Francisco é um assentado da Reforma Agrária no assentamento Veneza município de Aparecida, Alto Sertão paraibano, ele é o exemplo de que é possível conviver com o semiárido. 

Em plena estiagem, o Assentado está produzindo feijão, milho, mandioca, frutas, legumes e hortaliças, além de possuir uma pequena variedade de animais de pequeno porte, como galinhas, bodes e porcos tanto para o consumo como para a comercialização do excedente.

 
Seu Francisco nos fala sobre as dificuldades que é produzir em período de estiagem, e explica o sucesso na produção do ultimo plantio de feijão que foi iniciado nomes de Julho, ele afirma que é uma espécie de feijão ligeiro que o mesmo tem a algum tempo. “Essa semente eu já tenho a algum tempo, ela dá um feijão bonito e graúdo e em pouco tempo. Hoje começo de novembro já colhi mais de mil e duzentos litros de feijão, e ainda falta colher mais mil e duzentos em uma área inferior a um hectare” comemora Seu Francisco.

Segundo ele, em seu lote de moradia ele consegue produzir para se alimentar e ainda vender o excedente, “Produzo quase tudo que preciso para viver, o que sobra vendo para comprar café, açúcar e trigo, roupas e pagar conta de luz”. Além de comercializar o excedente do feijão, ele também tem uma clientela de hortaliças que garante uma renda certa semanalmente.

Recentemente seu Francisco recebeu a visita do Engenheiro Agrônomo Anderson Medeiros, ele estava com problema na germinação do coentro. O agrônomo detectou o problema e sugeriu que o assentado colocasse a semente mais rasa no canteiro e que fizesse uma cobertura menos densa para que os raios solares pudesse chegar ao canteiro, com isso seu Francisco voltou a produzir normalmente.

Mas o maior anseio de Seu Francisco é ver o parcelamento dos lotes de produção, tendo em vista os trabalhos que estão sendo realizados no assentamento pela equipe de cartografia do INCRA em parceria com a CAAASP, que entregaram antes do fim do ano o parcelamento do assentamento. Com isso o assentado poderá acessar seu crédito inicial do PRONAF e instalar um poço artesiano em seu lote de produção,  podendo ampliar sua produção e utilizando tecnologias de convivência com o semiárido para produzir de forma sustentável e ecológica.  
Vamos ouvir o Seu Francisco:

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Agricultores familiares recebem R$ 34,3 milhões para investir em produção



O Governo Federal repassa, neste mês de outubro, mais de R$ 34,3 milhões para 36.569 famílias de agricultores familiares que participam do Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais, do Plano Brasil Sem Miséria.

Do total, quase oito mil famílias foram incluídas no programa neste mês e irão receber a primeira parcela dos recursos para investimento em projetos produtivos, com a finalidade de aumentar a produção, a qualidade e o valor do plantio e da criação de animais.

O programa vincula assistência técnica ao apoio financeiro, o que melhora a produção de uma família que, até então, não produzia o suficiente para gerar renda. Até setembro, mais de 123 mil famílias de agricultores familiares em situação de extrema pobreza foram incluídas no programa. Famílias pertencentes a povos e comunidades tradicionais, incluindo etnias indígenas no Rio Grande do Sul, recebem recursos e são acompanhadas pelos agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para desenvolverem seus projetos.

Na ação, desenvolvida pelo MDS em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), cada família recebe R$ 2,4 mil para investir nos projetos.

Os recursos não são reembolsáveis e são transferidos diretamente às famílias por meio do cartão do Programa Bolsa Família. O pagamento dos recursos financeiros do Programa de Fomento segue o cronograma do programa de transferência de renda.

Com informações Ascom/ MDS