Agricultores e agricultoras de
assentamentos de reforma agrária dos territórios do Alto Sertão-PB e Vale do
Piranhas-PB, estão inovando as práticas de condução dos agroecossistemas,
com a experimentação do manejo de caatinga e o barramento com pedra – base
zero. As experimentações estão transformando a forma de produzir e a
maneira como as agricultoras e agricultores relacionam-se com a natureza e usam
os recursos naturais.
As ações surgiram de uma demanda
das famílias agricultoras identificadas durante um Diagnóstico Rápido e
Participativo – DRP conduzido pela Rede de Cultivos Agroecológicos do Alto
Sertão Paraibano, qual seria, produzir alimentos e gerar renda sem degradar a
caatinga.
Para atender tal demanda, as
organizações que assessoram a rede, CPT IFBDS e NAESP/IFPB, combinaram uma
estratégia metodológica que envolveu encontros de formação, visita de
intercâmbio e oficinas de implementação das práticas e tecnologias.
As experimentações de manejo de
caatinga e base zero iniciaram após agricultores e agricultoras dos
dois territórios visitarem o Instituto nacional do semiárido (INSA) em Campina
Grande e ao retornarem, desejaram experimentar. Atendendo aos desejos,
organizaram-se as oficinas. A primeira, assessorada por João Macedo –
Pesquisador no INSA – só para beneficiários da experimentação –
agricultores e agricultoras.
Diante do sucesso da primeira
oficina e o desafio de construir uma base de conhecimento territorial e
coletivo que garanta a adoção de práticas e tecnologias para a
produção sustentável na caatinga, resolveu-se que seria necessário uma segunda
oficina; desta vez ampliada, para permitir a participação de técnicos e
técnicas de outras organizações dos territórios cujo objetivo do trabalho
seja assessorar a agricultura familiar.
O processo de territorialização
do conhecimento foi conduzido pelos Núcleos de Extensão e Desenvolvimento
Territorial do Vale do Piranhas-PB e Alto Sertão-PB, que juntamente com o IFBDS
e CPT assumiram a organização da segunda oficina, também assessorada por João,
realizada durante três dias e intercalando atividades teóricas com práticas.
Além dos agricultores e agricultoras, participaram técnicos/as da EMATER,
CAAASP, IFBDS, CPT, professores e estudantes do 4º período do curso Tecnologia
em agroecologia do IFPB Campus Sousa.
Durante a segunda oficina, que
aconteceu nos assentamentos Santo Antônio – Cajazeiras-PB e Angélica II –
Aparecida-PB, foram gerados alguns registros audiovisuais, que editados deram
origem ao vídeo “Oficina: base zero e manejo de caatinga”. No vídeo já podem
ser evidenciados alguns resultados após as primeiras chuvas de 2016.
Veja, conheça, aprenda, curta e compartilhe esta ideia.
Esta é uma atividade do projeto
Ecoforte gerido pelo IFBDS, executado pela Rede de Cultivos Agroecológicos do
Alto Sertão Paraibano, com assessoria da CPT, NAESP/IFPB e financiado pela
Fundação Banco do Brasil.
Carla Rayanne – Graduanda em
Med. Veterinária no IFPB
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