A presidenta Dilma enfatizou que a agricultura
familiar é uma das prioridades para a economia brasileira
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O
Novo Plano Safra da Agricultura Familiar 2015-2016 é o maior já
lançado pelo governo federal, com um valor recorde R$ 28,9 bilhões,
ou seja, 20% a mais que na safra anterior. Esse valor, disse a
presidenta Dilma Rousseff ao lançar o programa nesta segunda-feira
(22), revela o compromisso do governo com o setor, que é uma das
prioridades para a economia brasileira. Foi esse compromisso que
tirou o Brasil do mapa da fome no mundo, segundo dados da Organização
das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO),
lembrou.
Do
total anunciado pela presidenta, R$ 26 bilhões serão destinados ao
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf),
que completa 20 anos de criação. “O esteio da nossa política é
reconhecer que temos que fazer um imenso esforço para criar, dentro
da nossa agricultura, um fator de fortalecimento da agricultura
familiar. O Pronaf chega ao seu vigésimo ano mais justo”,
declarou.
Além
do valor recorde de financiamento, a presidenta Dilma anunciou ainda
que, mesmo em ano de ajuste da economia, as taxas de juros reais para
a tomada de crédito continuarão sendo negativas, isto é, abaixo da
inflação, variando de 0,5% a 5,5% ao ano, sendo que as taxas mais
baixas serão pagas pelos agricultores e agricultoras de baixa renda.
Outros R$ 2,9 bilhões anunciados hoje serão destinados a outras
fontes de crédito e terão taxas de 7,75% para custeio e de 7,5%
para investimento.
Veja o Manual:
Veja o Manual:
Dados
comprovam apoio ao setor
Falando sobre a prioridade de seu governo ao setor da agricultura familiar, Dilma Rousseff apontou os gráficos que mostram a evolução dos recursos para os planos, ao longo das últimas duas décadas. Em 2002, foram investidos R$ 2,3 bilhões. No Plano Safra 2009-2010, o valor subiu para R$ 12, 6 bilhões. E agora, o governo dobrou esse valor, atingindo a marca de R$ 28,9 bilhões.
Falando sobre a prioridade de seu governo ao setor da agricultura familiar, Dilma Rousseff apontou os gráficos que mostram a evolução dos recursos para os planos, ao longo das últimas duas décadas. Em 2002, foram investidos R$ 2,3 bilhões. No Plano Safra 2009-2010, o valor subiu para R$ 12, 6 bilhões. E agora, o governo dobrou esse valor, atingindo a marca de R$ 28,9 bilhões.
“E
isso mostra efetivamente que esses recursos vêm crescendo. Em todos
os anos do meu primeiro mandato, no mandato do presidente Lula,
ampliamos a oferta de crédito do Pronaf. Porque isso era essencial
para que a agricultura familiar do nosso País se fortalecesse e
tivesse asseguradas todas as condições para que possa contribuir
para alimentar a nossa população. Para colocar a comida na mesa da
nossa população”, afirmou.
Semiárido
Dilma Rousseff também reafirmou o apoio diferenciado que o governo dará aos produtores dessa região, que enfrenta uma das piores secas da história. Ela anunciou a manutenção de taxas menores para os produtores do semiárido, que variarão de 0,5% a 4,5% ao ano.
Dilma Rousseff também reafirmou o apoio diferenciado que o governo dará aos produtores dessa região, que enfrenta uma das piores secas da história. Ela anunciou a manutenção de taxas menores para os produtores do semiárido, que variarão de 0,5% a 4,5% ao ano.
“É
algo que nós começamos a fazer no meu primeiro mandato, com taxas
de juros que, de fato, reconhecem as dificuldades dos agricultores do
semiárido de conviver com a seca no Brasil”, disse ela.
Essas
taxas representam um esforço para facilitar assa convivência com
condições adversas e também o reconhecimento da diversidade
existente entre os agricultores do País quanto à renda. “Portanto,
os patamares de juros são diferenciados e também o valor do
financiamento, garantindo que o subsídio para os pequenos e mais
pobres seja maior. “Isso não significa nenhum processo de
privilégio, é o reconhecimento que a gente tem de tratar os
desiguais de forma desigual, ou de forma diferente, melhor dizendo”,
pontuou a presidenta.
Apoio
à comercialização
Para impulsionar a produção das cooperativas e associações de produtores da agricultura familiar, a presidenta Dilma Rousseff determinou, também nesta segunda-feira, que pelo menos 30% da aquisição de alimentos pelos órgãos da administração pública federal sejam feitos de produtos oriundos da agricultura familiar e de suas organizações, ampliando as possibilidades de mercado para o setor. “Temos crédito e temos compras. E [isso] é muito importante para a venda dos produtos da agricultura familiar”.
Para impulsionar a produção das cooperativas e associações de produtores da agricultura familiar, a presidenta Dilma Rousseff determinou, também nesta segunda-feira, que pelo menos 30% da aquisição de alimentos pelos órgãos da administração pública federal sejam feitos de produtos oriundos da agricultura familiar e de suas organizações, ampliando as possibilidades de mercado para o setor. “Temos crédito e temos compras. E [isso] é muito importante para a venda dos produtos da agricultura familiar”.
Dilma
destacou ainda que tanto o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)
quanto o Programa Nacional de Alimentação escolar (Pnae) estão
dentro dessa nova política de compras, que visa garantir que a
agricultura familiar possa vender pelo menos para 30% da demanda de
todas as áreas da Defesa: Exército, Marinha Aeronáutica; e
penitenciárias. “Enfim, de todas as áreas que o governo fornece
alimentação ou que demanda alimentação”. Ela lembrou que os
dois programas, o Pnae e PAA, contam com R$ 1,6 bilhão.
Nesse
sentido, adicionou o ministro Patrus Ananias, o Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA) passará a adquirir, a partir de
agora, o café orgânico da agricultura familiar, a exemplo do que já
estava sendo feito pelo Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome (MDS). “Utilizando esse novo marco legal de amparo
à agricultura familiar, o ministro Jaques Wagner também determinou
que o Ministério da Defesa adquira 2.500 toneladas de alimentos para
as Forças Armadas”, relatou Patrus.
Suasa
A presidenta assinou, durante o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2015-2016, o decreto que regulamenta o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), a nova sistemática de inspeção de produtos de origem animal e de bebidas produzidas por estabelecimentos de pequeno porte. O sistema é organizado de forma unificada, descentralizada e integrada entre a União, os estados e Distrito Federal, e os municípios, por meio de adesão voluntária.
A presidenta assinou, durante o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2015-2016, o decreto que regulamenta o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), a nova sistemática de inspeção de produtos de origem animal e de bebidas produzidas por estabelecimentos de pequeno porte. O sistema é organizado de forma unificada, descentralizada e integrada entre a União, os estados e Distrito Federal, e os municípios, por meio de adesão voluntária.
É
mais um importante marco para a consolidação e o fortalecimento da
agroindústria familiar, pois simplifica procedimentos e adapta
regras, inclusive de infraestrutura e transporte. Desta forma, amplia
as possibilidades de comercialização dos produtos, garantido a
segurança, tanto para os produtores quanto para os consumidores.
Em
seu discurso, Dilma assegurou que o sistema será implantado em todo
o País, “porque todas as condições estão dadas para que ele
seja realizado” e que possa garantir que um agricultor do Sul
exporte para o Norte; do Centro-Oeste para o Sudeste. “Enfim, que
todas as cinco regiões do nosso País, do Nordeste, do Sul, do
Sudeste, do Centro-Oeste e do Norte tenham acesso ao mercado de 200
milhões de brasileiros”.
Disse
ter certeza disso pelo empenho da ministra da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Mapa), Kátia Abreu, e do ministro Patrus Ananias.
Sobre o Suasa, Patrus agregou que o sistema anterior era injusto,
porque os agricultores familiares tinham de seguir o padrão da
agroindústria. “Agora, não mais. Todos poderão produzir com
qualidade e respeito às existências sanitárias, sem medo, pois a
legislação está adaptada à realidade da agricultura familiar, vai
ampará-los e protegê-los”, disse ele.
Seguro
Garantia Safra
A presidenta falou ainda sobre o Seguro da Agricultura Familiar, que completa dez anos, informando sobre importantes alterações nessa área, com a criação do Novo Seguro da Agricultura Familiar. Agora, será possível cobrir o valor financiado para a produção em até 80% da receita esperada. Anteriormente, essa receita tinha o limite de cobertura de R$ 7 mil por produtor e agora passará a R$ 20 mil, praticamente triplicando o limite de indenização por família, o que dá mais segurança a quem trabalha e produz.
A presidenta falou ainda sobre o Seguro da Agricultura Familiar, que completa dez anos, informando sobre importantes alterações nessa área, com a criação do Novo Seguro da Agricultura Familiar. Agora, será possível cobrir o valor financiado para a produção em até 80% da receita esperada. Anteriormente, essa receita tinha o limite de cobertura de R$ 7 mil por produtor e agora passará a R$ 20 mil, praticamente triplicando o limite de indenização por família, o que dá mais segurança a quem trabalha e produz.
“Quando
a gente fala em segurança, fala do seguro. E a implementação do
Novo Seguro da Agricultura Familiar, que é o Seguro Garantia Safra,
que terá recursos agora para atender 1,35 milhão de produtores no
semiárido. Sabemos que os agricultores precisam ter esse seguro para
se proteger contra as variações da safra ou contra qualquer outra
tragédia até climática”,afirmou.
Qualidade
de vida
Todas essas medidas, disse a presidenta, visam garantir a qualidade de vida para quem vive da agricultura, homens, mulheres e jovens. “Daí porque três eixos formam as políticas que garantem a sustentabilidade da agricultura e a mudança do seu patamar”.
Todas essas medidas, disse a presidenta, visam garantir a qualidade de vida para quem vive da agricultura, homens, mulheres e jovens. “Daí porque três eixos formam as políticas que garantem a sustentabilidade da agricultura e a mudança do seu patamar”.
Em
primeiro lugar, o financiamento do Pronaf e as contas públicas. Em
segundo, o incentivo à agroindústria, com assistência técnica,
crédito e a agroecologia, “que é um verdadeiro nicho de mercado”.
E, por fim, com estímulo à expansão do cooperativismo, organizando
a produção, ajudando cooperativamente ao desenvolvimento da
produção da agricultura familiar.
“Esses
três eixos formam a sustentação da nossa política de transformar
a agricultura familiar numa agricultura moderna e desenvolvida. Na
qual a população que vive de garantir para nós a alimentação,
possa ter um padrão de vida adequado a todas aspirações de seus
integrantes”, disse.
Anater
A presidenta Dilma também citou, entre essas conquistas, a indicação da diretoria da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), por meio de um processo integrado também com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDA).
A presidenta Dilma também citou, entre essas conquistas, a indicação da diretoria da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), por meio de um processo integrado também com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDA).
“E
eu vou hoje indicar, para a presidência da Anater, o engenheiro
agrônomo Paulo Guilherme Francisco Cabral”, anunciou. “Com a
indicação do nome do Paulo vamos acelerar a oferta de assistência
técnica aos pequenos e aos médios e, quando for necessário, aos
grandes agricultores do Brasil”.
A
Anater, explicou Dilma, é uma cooperação entre duas áreas
fundamentais da agricultura do nosso País: de um lado agricultura
comercial, e de outro a agricultura familiar.
CAR
A Anater terá uma ação também voltada para o Cadastro Ambiental Rural (CAR), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, contribuindo para o processo de regularização ambiental de propriedades de posse rurais, com planejamento do imóvel rural e com a recuperação de áreas degradadas.
A Anater terá uma ação também voltada para o Cadastro Ambiental Rural (CAR), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, contribuindo para o processo de regularização ambiental de propriedades de posse rurais, com planejamento do imóvel rural e com a recuperação de áreas degradadas.
“Nós
garantimos, para essa safra, recursos para atender mais de 230 mil
famílias, com foco na produção agroecológica e apoio a elaboração
do CAR. O CAR foi uma conquista, porque mostra que é possível sim,
produzir respeitando o meio ambiente. Além disso, produzir de forma
eficiente”.
Futuro
Para a presidenta, por todos os fatores anunciados nesta segunda-feira, “é muito difícil, daqui para a frente, em qualquer momento no futuro, ter esse plano sem os desafios e o tamanho que ele conquistou na última década”.
Para a presidenta, por todos os fatores anunciados nesta segunda-feira, “é muito difícil, daqui para a frente, em qualquer momento no futuro, ter esse plano sem os desafios e o tamanho que ele conquistou na última década”.
“Então,
podem ter certeza que, [da mesma forma que] soubemos tirar o nosso
País do mapa da fome da FAO, iniciamos um processo de modernização
da agricultura familiar e vamos avançar. Eu tenho plena confiança
na capacidade dos agricultores, na capacidade de produção, na
inventividade, na criatividade e no trabalho. E o governo dará seu
suporte e apoio. Estendendo sua mão, faz com que nós, juntos,
sejamos capazes de, neste plano safra, darmos vários passos à
frente”.
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