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sábado, 12 de dezembro de 2015

Instituto Frei Beda realiza oficina de Barragem Base Zero e Manejo da Vegetação Caatinga



A partir do Projeto Redes Eco Forte, o Instituto Frei Beda de Desenvolvimento Social – IFBDS, em parceria com a Fundação Banco do Brasil, estão executando experiências de conivência com o semiárido e fortalecimento da agroecologia no Alto Sertão.

Esta semana, além da equipe do IFBDS, também acompanhou a equipe da CAAASP o já reconhecido Agrônomo, Professor João Caatinga, que atualmente está no Instituto do Semiárido - INSA e que conduziu a Oficina Prática de Manejo da Vegetação Caatinga no lote do Senhor Geraldo e da senhora Maria no P.A. Angélica II.


Segundo o Professor, o ideal é que essas atividades sejam desenvolvidas de forma consorciada com a floresta e demais formas de vegetação, garantindo uma maior produtividade do solo, sem degradação e exaurimento do mesmo. Como acontece com o desmatamento seguido do uso do fogo, prática conhecida como “broca”.

Neste sentido, a exploração ordenada e sustentável da terra pode ser assegurada mediante a implementação de Planos de Manejo Florestal ou Sistemas Agroflorestais, que tornam a prática agrícola mais viável economicamente para o produtor e menos degradadora para o meio ambiente.

O curso é mais amplo, tendo também a experiência de Barragem Base Zero – BBZ, a tecnologia consiste na construção de barramentos horizontais (em forma de “arco-romano”, construídos em pedras soltas e mantendo sua curvatura contra a vasão das águas, em períodos de chuva). São locadas a partir de uma sequência de níveis topográficos ao longo de rio ou riacho, sendo capaz de reduzir o impacto gerado pela velocidade do escoamento e possibilitando a retenção de grande parte de material que desce das vertentes nas enxurradas, como cascalhos, material orgânico, silte, entre outros.

A parte mais elevada ou “coroamento” do barramento deve ficar bem abaixo do nível das laterais do curso d’água. Isto para que a água, ultrapassando a altura do barramento, não seja forçada a escavar as laterais e desmoronar o próprio barramento que é a parede de pedras e que poderá ter dois metros ou mais.

A oficina contou com a participação dos assentados dos P.A.s Angélicas, Angélicas II, Acauã, Juazeiro, Jatobá, Floresta, Santa Cecília, Santo Antônio, Frei Damião e dos estudantes do IFPB campus Sousa, além dos parceiros NAESP, CPT Sertão-PB, INSA, EMATER regional de Cajazeiras, CAAASP e os NEDETs Vale do Piranhas e Alto Sertão.

Projeto Base Zero

O Projeto Base Zero procura tirar partido das condições geográficas dos cerca de 40 mil micros bacias hidrográficas existentes naquela parte do Nordeste, objetivando a exploração da atividade pecuária, a conservação da água de chuva e a utilização integral da caatinga para alimentação dos rebanhos durante todo o ano. A construção de barramentos sucessivos em forma de arco romano deitado complementa o sistema, ao formar terraços compostos de solos ricos em minerais e materiais orgânicos

A maximização na utilização de água é obtida através da construção de vários barramentos em série. Esses barramentos têm a função de reduzir consideravelmente, durante a estação das chuvas, a velocidade de escoamento das torrentes de água, contendo a erosão laminar e ciliar, formando, como antes mencionado, áreas com solos agricultáveis e armazenando água no subsolo. Os barramentos atuam também como dessalinizadores, pois a lixiviação do solo reduz a quantidade de sal na água

Esta tecnologia, se bem adotada, além de controlar o assoreamento, poderá servir para acumular água na superfície e no subsolo durante períodos variáveis, para uso de culturas, animais e população, além de manter mais elevado o lençol freático, alimentando por mais tempo poços, cacimbões, cacimbas e bebedouros na área.


Plano de Manejo Florestal Sustentável

No Plano de Manejo Florestal Sustentável, por sua vez, a exploração da área acontece de forma gradativa e racional por meio de talhões, sendo permitida a regeneração natural da vegetação e assegurada uma fonte de renda permanente para o produtor. No manejo florestal, podem ser observados os 04 princípios da sustentabilidade: socialmente justo, ecologicamente correto, economicamente viável e culturalmente aceito.

Os Planos de Manejo podem ser desenvolvidos de diferentes formas, a depender do uso que se queira fazer da área: Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS); Plano de Manejo Agroflorestal Sustentável (PMAFS); Plano de Manejo Silvipastoril Sustentável (PMSPS) e Plano de Manejo Integrado Agrosilvipastoril Sustentável (PMIASPS).
Por fim, é de se ressaltar que tais práticas garantem uma maior captação e infiltração da água no solo, desfavorecendo o processo de desertificação que assola o nosso semiárido. Mais que isso, permitem o livre desenvolvimento da vida na caatinga, que é naturalmente adaptada para as peculiaridades das suas condições físicas e climáticas e possui alto potencial produtivo, se for bem manejada.

Terra Forte

Lançado pelo Governo Federal em 2013, os investimentos sociais são destinados ao incentivo à agro industrialização em assentamentos da reforma agrária, contemplando a diversificação da produção, a infraestrutura, a capacitação profissional, a assistência técnica e a comercialização. O objetivo do programa é que esses empreendimentos possam se tornar unidades econômicas, agregando valor aos produtos com práticas agroecológicas e possibilitando condições competitivas para entrar em mercados de comercialização.
 






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