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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Fundo rotativo com Oficina de Produção de Material de Limpeza no PA. Santa Cecilia

Impressionante como algo bem simples na prática se torna difícil de explicar. Talvez seja pela época em que vivemos, onde a confiança nos outros não é uma prática comum e natural. Mas assim era, e ainda é, em muitos locais no interior e nas capitais do Brasil. Famílias que se apoiam mutuamente, sejam com recursos financeiros ou não financeiros, se autofinanciam, criam suas próprias regras e mudam os rumos de suas próprias vidas. 

Foi com esse intuito que a Coordenadora da Central dos Assentamentos do Alto Sertão Paraíbano – CAAASP, Josefa Alves Vieira, conhecida por D. Nelsa, avaliando o Plano de Trabalho da ATES, percebeu que existiam atividades que não eram viáveis para a região, visto o período de estiagem e escassez de água, surgindo daí a ideia de transformar oficinas como a de hortifrúti em uma oficina de produção de materiais de limpeza e criar o fundo rotativo solidário.

O P.A Santa Cecilia foi o primeiro a receber a oficina, que aconteceu neste dia 10/12, a instrutora foi a própria gestora da CAAASP, que repassou seus conhecimentos às assentadas. D. Nelsa lembra que com a desistência de algumas famílias e a inserção de outras que tinham interesse em ser assentadas da Reforma Agrária, as últimas cinco famílias a entrarem da relação de beneficiários (RB) ficaram de fora dos créditos iniciais.

Nelsa explica que a CAAASP está repassando para o grupo de mulheres a matéria prima para que seja dado o passo inicial. A partir daí o grupo vai produzir para gerar renda. 

O Fundo Rotativo Solidário é nada mais que uma estratégia criada e utilizada pela sabedoria do povo brasileiro. Com ela procura-se financiar atividades produtivas (em sua grande maioria) e logo depois, mesmo sem contrato assinado, as pessoas se comprometem e devolvem para o grupo o valor financiado. Dessa forma, outras famílias são beneficiadas e, assim, um ciclo de solidariedade é criado e valorizado entre seus participantes.

Funciona assim: quando uma família adquire um benefício, assume a responsabilidade de contribuir mais adiante com a poupança, devolvendo o valor do bem recebido (ou aquela quantia determinada pelo grupo) para que ela ou outra família possa ser beneficiada novamente. Dessa forma, o fundo nunca fica vazio.
Pois então, é Fundo porque reúne recursos (financeiros, mão-de-obra, sementes); é rotativo porque os recursos giram, circulam entre todos os participantes; é Solidário porque as pessoas recebem o benefício, mas também pensam no outro e devolvem, isso para compartilhar com outras pessoas da comunidade.

É mais do que mecanismo de financiamento de atividades. Ele tem se mostrado um forte instrumento da economia solidária a serviço do desenvolvimento autocentrado das mulheres.




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