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terça-feira, 17 de novembro de 2015

Com o Tema “ Semiárido Vivo: Nenhum direito a menos” Agricultores fazem ato em defesa do Semiárido.



A Central das Associações dos Assentamentos do Alto Sertão Paraibano - CAAASP se fez presente no Ato Público organizado pela Articulação do Semiárido - ASA e que aconteceu na manhã desta terça-feira (17) em Petrolina, PE. O Ato contou com a participação de 20 mil agricultores e agricultoras, indígenas, quilombolas e militantes de movimentos sociais de 10 estados, em defesa do Semiárido nordestino e do Rio São Francisco.

Caravana dos Assentamentos do Alto SErtão Paraibano
Uma das principais reivindicações dos manifestantes é a garantia da continuidade e ampliação das políticas públicas de convivência com o Semiárido conquistadas nos últimos 12 anos e que agora estão ameaçadas por conta das crises econômica e política. Na pauta estava a retomada do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que sofreu cortes de 65% do orçamento previsto para 2015, e também da Água para todos, onde também houve uma severa diminuição na alocação dos recursos.

O número de tecnologias de captação de água de chuva implementadas em 2015 é o menor 12 anos. A paralisação dessas políticas ameaçam os direitos dos povos do Semiárido, entre eles o direito à segurança alimentar. Em alguns lugares da região  semiárida, 2015 já é o quinto ano de seca, a diminuição do ritmo de implantação das políticas de convivência com o Semiárido imposto pelo ajuste fiscal pode ter um grande impacto nessa realidade.

A concentração foi na Concha Acústica, no Centro de Petrolina, Sertão pernambucano de onde saíram em caminhada passando pela Ponte Presidente Dutra com destino a Orla de Juazeiro, BA onde um palco já esperava para a continuidade do ato que se estendeu até às 13h.

Durante o evento, os participantes puderam se apresentar, alguns cantaram aboios e emboladas e declamaram poesias. “Para a gente, o Semiárido Vivo é esse. Com o povo podendo se expressar, mostrar sua arte, sua alegria. O povo da região não é só tristeza. Também foram convidados artistas da região, como o grupo de rap baiano, P1 Rappers, e o cantor e compositor pernambucano, Flávio Leandro. 

O agricultor familiar, Francivaldo Lopes, veio de Poço Dantas-PB, no PA Bom Jesus para participar do evento. “Foram mais de 10 horas de viagem, mas viemos para lutar pelos direitos do agricultor que mora no Sertão. Estamos muito preocupados com a falta de água, tanto pra o consumo humano, como para os animais e o cultivo. Nós precisamos da água para continuar sobrevivendo”, afirmou.

Além da retomada e intensificação das ações de convivência com o Semiárido, a mobilização também exigiu a imediata revitalização do Rio São Francisco, o assentamento imediato de todas as famílias acampadas na região, a suspensão da PEC 215 – que transfere do executivo para o Legislativo a demarcação de terras indígenas -, cortes nos programas sociais como Bolsa Família e Bolsa Estiagem. Essas pautas já haviam sido apresentadas a sociedade no documento Semiárido Vivo, lançado na última Conferência Nacional de Segurança Alimentar que aconteceu 3 a 6 de novembro em Brasília.


Os participantes do ato público demonstraram inúmeros gestos de solidariedade ao povo mineiro atingido pelo rompimento das barragens de Santarém e Fundão, no município de Mariana, em Minas Gerais. O acidente, ocorrido no dia 5 de novembro, já comprometeu o abastecimento de água em 17 municípios, atingindo cerca de 800 mil pessoas, em decorrência da ação da mineradora Samarco controlada pelas multinacionais Vale e BHP Biliton. Acidentes e impactos da mineração acontecem de forma recorrente e quase não há responsabilização.







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