Terminou nesta quarta-feira (12)
a primeira Conferência sobre Mulheres Rurais da América Latina e Caribe, em
Brasília (DF). O evento contou com a representação de 25 países da região e
originou a Declaração de Brasília – documento de referência para as principais
ações voltadas às mulheres do campo, que leva em consideração, entre outras
questões, a soberania alimentar e nutricional, a autonomia econômica, a
igualdade de gêneros e a garantia de uma vida livre de violência.
Segundo a diretora de Políticas
para Mulheres Rurais do Ministério do Desenvolvimento Agrário (DPMR/MDA), Karla
Hora, esse é um momento importante, que representa o esforço comum das
trabalhadoras rurais e governos. “Esse documento é uma síntese das ações,
debates, agendas, demandas, sonhos e perspectivas que foram construídas ao
longo de dois anos. Ele reconhece a importância das políticas públicas voltadas
para as mulheres rurais”, ressaltou.
A secretária executiva da
Secretaria de Políticas Para as Mulheres da Presidência da República, Lourdes
Bandeira, se referiu a conferência como um exemplo de articulação para o bem
estar das mulheres rurais. “A Declaração de Brasília é resultado do compromisso
da inclusão das mulheres, da autonomia, dos direitos do público feminino. Essas
mulheres acumulam uma múltipla jornada: são responsáveis pelo trabalho no
campo, pelo cuidado com a casa e pela participação política. Por isso é tão
importante que elas tenham visibilidade”, salientou.
Compromissos
Para a vice-ministra de
Agricultura e Pecuária da Costa Rica e vice-presidente pro tempore da Celac,
Gina Paniagua, a declaração foi considerada por todos um avanço na efetivação
de políticas para as trabalhadoras do campo. “Temos um grande desafio pela
frente, o de passar do diálogo para ações concretas”, afirmou. Segundo ela,
durante a Reunião Ministerial da Celac, realizada nessa terça-feira (11), foram
aprovados e adotados documentos que também propõem ações de empoderamento e
igualdade às mulheres.
Já o ministro da Agricultura de
Granada, Roland Bhola, elogiou o esforço das agricultoras. “As mulheres são as
provedoras e meu desejo é que elas continuem produzindo e reproduzindo em
nossas nações.”
No evento, estiveram presentes,
além das participantes da Conferência, representantes da Reunião Ministerial
sobre Agricultura da Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos
(Celac) e das organizações que formaram o Fórum Latinoamericano e Caribenho dos
Comitês Nacionais do Ano Internacional da Agricultura Familiar.
A Conferência sobre Mulheres
Rurais da América Latina e Caribe no Ano Internacional da Agricultura Familiar
foi promovida pelo Governo Federal em parceria com a Comissão Econômica para a
América Latina e o Caribe (Cepal), a Comunidade dos Estados Latinoamericanos e
Caribenhos (Celac), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a
Agricultura (FAO) e a Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar do
Mercosul (Reaf/Mercosul).
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